segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Djalma Maranhão





A administração de Djalma Maranhão


Na política, militou no Partido Comunista até o início dos anos quarenta, depois, reorganizou as forças populares herdadas de Café Filho e, finalmente, constitui seu próprio partido, nas legendas do Partido Trabalhista Nacional (PTN) e, posteriormente, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), constituindo-se, nos anos sessenta, na terceira força - política do Rio Grande do Norte e na primeira que não era fundada na oligarquia latifundiária da Estado.

Foi eleito Deputado Estadual (1954) e assumiu, como primeiro suplente, a Câmara Federal (1959-1960). Por duas vezes exerceu o cargo de Prefeito de Natal: a primeira, na segunda metade dos anos 50, por nomeação do governador Dinarte Mariz (em decorrência da aliança UDN-cafeístas); a segunda, em 1960 na primeira eleição direta para a municipalidade da Capital, com 64% dos votos válidos, integrando uma frente política de centro-esquerda chamada Cruzada da Esperança, tendo Aluízio Alves como candidato a governador do Rio Grande do Norte.

Pelo golpe de Estado de abril de 1964 foi deposto da prefeitura, cassado seu mandato, e esteve preso em quartéis do Exército em Natal, na ilha de Fernando de Noronha e no Recife. Libertado por ordem do Habeas Corpus do Supremo Tribunal Federal em dezembro de 1964, após publicar um manifesto na imprensa do Rio de Janeiro (O (General Fome está nas Ruas), asilou-se na Embaixada do Uruguai. Morreu no exílio, em Montevidéu, em 30 de julho de 1971, aos 56 anos de idade. Seus restos mortais repousam no cemitério do Alecrim.

Em sua prática política, Djalma Maranhão manteve coerente posição política aos postulados nacionalistas, daí seus discursos de denúncia ao imperialismo e à guerra fria e de apoio aos não-alinhados; lutou pela formação de um governo popular e democrático, daí seu apoio às Reformas de Base do Presidente João Goulart, ao pluralismo político, à reforma agrária, à Revolução Cubana e de denúncia aos golpistas que, no Brasil de 1954 à 64, conspiraram contra a constituição de 1946 na pregação da derrubada do Estado de Direito. Foi casado com Dona Dária Maranhão e deixou um filho, Marcos.

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